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terça-feira, 7 de junho de 2016

Rede Solidária Popyguá: "Alimentação, agricultura e agrofloresta".

Entre os dias 31 de maio e 03 de junho de 2016, realizou-se junto ao Centro de Convivência Itakora, o encontro da Rede Solidária Popyguá apoiado pela IAF- Fundação Interamericana, através do projeto Ambiente Inteiro: Terra Indígena da Cabeça aos Pés.
A temática principal deste encontro Alimentação, Agricultura e Agrofloresta” trabalhada por Sandra Konig, com o objetivo de refletir sobre os alimentos tradicionais e saudáveis, a relação destes com as agroflorestas e o seu potencial, tanto para alimento enquanto para soberania alimentar das comunidades, além da oportunidade de geração de renda.

As reflexões foram a cerca do que está sendo produzido e consumido nas aldeias na atualidade. Considerações importantes foram levantadas e questionamentos de o porquê os alimentos tradicionais vem perdendo espaço na ‘mesa’ dos guarani. Muitos disseram que a praticidade dos alimentos prontos e industrializados vem ganhando espaço principalmente entre as novas gerações, pela facilidade no acesso, muitas vezes por comodidade e pelo assistencialismo praticado por muito tempo e ainda presente (cestas básicas).

Ao longo dos anos a prática da monocultura chegou até essas comunidades,  com ela o uso de agrotóxicos e outras práticas danosas ao meio ambiente; desta forma deixaram de produzir seus alimentos tradicionais. Algumas das comunidades inclusive perderam suas sementes tradicionais, ou já não são mais tão puras como antigamente; dificultando o cultivo.
Durante o evento muitos exemplos foram trabalhados demostrando que é possível nos alimentarmos de forma mais saudável e principalmente produzindo grande parte do que consumimos.
Seja pela realização de cultivos por meio de agroflorestas ou por plantios agroecológicos, sem uso de agrotóxicos e outras substância que prejudiquem o solo e o meio ambiente como um todo.
Nos dias do evento assumimos o desafio e foram preparados e consumidos alimentos tradicionais, como a batata doce assada, mandioca assada, reviro, canjica, abóbora assada e outros alimentos retirados diretamente dos quintais como é o caso da folha de tansagem refogada.

Entre as reflexões dos participantes o relato de Celso Alves de Tekoha Ocoy, que disse: “na aldeia as pessoas mais velhas desenvolvem as suas lavouras e que tentam preservar as sementes tradicionais”. Também Ângelo da aldeia de Tapixi, na avaliação fez sua reflexão mencionando que "esse encontro me tocou", e se propôs a incentivar o cultivo tradicional formando um grupo de jovens e adolescentes para fazer mutirões para cultivar espécies tradicionais, incentivar mais famílias.
Novos horizontes para fazer da 'comida' alimento: para o corpo, para o ambiente e para a alma!

por: Silmara Ap. Walendorff

Interação Cultural


Cerca de 34 alunos do 4º ano juntamente com suas professoras, da Escola Municipal Julieta Anciutti superaram o frio da manhã do dia 07 de junho de 2016 e vieram até o Centro de Convivência Itakora, localizado no Rocio São Sebastião, Área Rural de Guarapuava para conhecer um pouco mais sobre a cultura Indígena.

Foram recepcionados pela equipe da Outro Olhar e participaram de uma conversa sobre a Cultura Guarani e puderam visitar a mostra "A Boa Comida Guarani", temática deste ano que vem sendo trabalhada pela Outro Olhar, junto às aldeias da Rede Solidária Popyguá.

Após a conversa, nem mesmo o ar frio e o chão úmido intimidaram os estudantes que caminharam sobre a trilha ecológica Tape Porã, ouvindo com atenção as explicações sobre as espécies nativas e seus nomes em guarani.
Trilha Ecológica Tape Porã 


Para finalizar e aquecer um pouquinho, todos participaram de uma animada ‘sapeca’ de pinhão, na qual puderam experimentar o gostinho do pinhão assado em meio à ‘grimpas’ do próprio pinheiro, assim como é feita pelos Guarani.

Também visitaram a loja do Tembiapo encantando-se com o artesanato.

Convidamos escolas e demais interessadas em conhecer um pouco mais sobre a cultura Guarani, para nos visitar!
Contatos: 42 84021235 ou pelo e-mail: associacaooutro.olhar@yahoo.com.br


Por Silmara Walendorff