Somos a Associação de Cooperação Técnica para o Desenvolvimento Humano - Outro Olhar, fundada em 2008, a partir da ideologia e determinação de diversos profissionais de várias áreas do conhecimento com vasta experiência em projetos ligados ao terceiro setor.

Bem Vindos ao nosso Espaço!

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Rede Solidária Popyguá participa da Fenafra

A Rede Solidária Popyguá, apoiada pela Outro Olhar, estará comercializando e expondo o artesanato Guarani do estado do Paraná na FENAFRA - Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária, que acontece de 21 a 25 de novembro de 2012. O evento é um importante canal de comercialização e divulgação do artesanato Guarani.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Oportunidade de trabalho

           DIVULGAÇÃO DE VAGA PARA TÉCNICO

Para atuar nos municípios de Guaraqueçaba/PR, Inácio Martins/PR, Turvo/PR, Chopinzinho/PR, Nova Laranjeiras/PR, São Miguel do Iguaçu/PR, Diamante d’Oeste/PR e Entre Rios/SC.
                                            (1 vaga)

A Associação de Cooperação Técnica para o Desenvolvimento Humano – Outro Olhar está recebendo currículos de profissionais interessados em atuar como Técnico nas atividades do “Ambiente Inteiro: Terra Indígena da Cabeça aos Pés”, para um período de 36 meses.
Busca-se o seguinte perfil profissional:
Requisitos:
- Formação nível médio em agroecologia, técnico ambiental, técnico agropecuário ou áreas afins;
- Disponibilidade para o trabalho (40h semanais) – início em janeiro de 2013;
- Conhecimentos: em agroecologia, sistemas agroflorestais, cultivo e processamento de plantas medicinais, organização da produção para comercialização;
- Disponibilidade para viagens;
- Carteira de motorista categoria B.

Remuneração bruta mensal: 1.150,00 (40h)
Será dada preferência ao profissional com:
- Experiência em trabalhos com agricultura familiar, principalmente atividades com indígenas;
- Domínio técnico nas áreas requisitadas e com formação compatível;
- Disponibilidade para atuação junto à comunidade / movimentos sociais;
- Experiência e conhecimento em agricultura sustentável (agroecológica e orgânica);
- Disponibilidade para residir em Guarapuava, município sede do projeto;
- Experiência na organização produtiva e comercialização;

Etapas da Seleção:
 
Etapa 1: Recepção de Currículos até 13/12/2012:
Currículos devem ser enviados para associacaooutro.olhar@yahoo.com.br tendo como assunto: Vaga para Técnico

Etapa 2: Entrevista:
As entrevistas serão realizadas no dia 18/12/2012, a partir das 9:30h na sede da Outro Olhar – Estrada do Rocio, S/n, Bairro Aeroporto, BR 277, Km 348, Guarapuava – PR (junto ao Centro de Formação Juan Diego), telefone 042 3627-3897.

Etapa 3: Elaboração de um texto escrito – logo após a entrevista

Obs: Dúvidas podem ser esclarecidas por email: associacaooutro.olhar@yahoo.com.br ou por telefone 042 3627-3897 com Silmara ou Sandra.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Encontros e Despedidas

"São só dois lados da mesma viagem, o trem que chega é o mesmo trem da partida, a hora do encontro é também de despedida" diz a canção. E foi assim, esse Sementes para o Crescimento I, três chegadas cheias de expectativas e curiosidades, de ambos os lados, nosso enquanto instituição acolhedora e dos jovens voluntários; também três partidas com emoção, gostinho de 'podia ser mais' e saudade.

 Seis jovens, cada qual com suas particularidades, nos ensinaram a ouvir, nos encantaram com sua sensibilidade humana e seu cuidado com as comunidades indígenas. Nos fizeram redescobrir a paisagem com perguntas simples como "e é possível se acostumar os olhos com uma paisagem assim?". A perceber o encanto e a poesia das palavras traduzidas do guarani para o português, como "aqui é um bom lugar". Contrastar nosso entorno com suas observações "como podem falar de uma cultura se não a conhecem?".
A dificuldade, algumas vezes, com as diferentes línguas não foi impedimento para a comunicação com as comunidades e com os associados, quando as palavras faltaram sobrou boa vontade e criatividade para a compreensão.
A todos os seis jovens do Sementes para o Crescimento I: Anais, Camilla, Mahio, Stefano, Andrei e Simona, nosso muito obrigado pela ajuda, convivência e amizade!


por Equipe Outro Olhar

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Colorindo Minha Aldeia



Durante visita de apresentação do projeto Ambiente Inteiro, realizada na aldeia de Kuaray Guatá Porã, fomos agraciadas pelo colorido e beleza das pinturas ao redor da casa de cultura, que está sendo utilizada pela comunidade como escola. Os desenhos foram feitos pelos alunos que frequentam a escola, sob orientação do professor de artes.
Nos desenhos foram retratados animais, pássaros, flores, as árvores, as casas e muita imaginação dos alunos, que aproveitaram para manisfestar nas paredes entorno da casa, as belezas existentes na aldeia.
Mas além das belezas naturais, nas pinturas muito mais do que uma atividade de artes, conseguiram retratrar e registrar a harmonia e a preocupação com a natureza e o meio em que vivem.
A aldeia de Kuaray Guatá Porã embeleza e enche os olhos de quem a visita e agora ainda mais com a magia das pinturas da casa de cultura.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Participar bem diretinho não é só querer, é também pensar.


Eu gosto de escrever. Mais não é escrever com fins literários, o meu é mais um anotar para lutar contra a minha má memória. Estou com medo de esquecer, então o meu combate ao esquecimento é ter sempre comigo uma caneta e pelo menos um pedaço de papel.
Quando estou de viagem tudo é mais organizado e com uma caneta junto levo uma agenda. Aqui no Brasil tenho duas agendas: uma, bem pequeninha, para ela caber na bolsa ou no bolso, que sempre levo comigo e uma maior que é aquela dos pensamentos da noite, antes de adormecer.
Muitas vezes nem as palavras escritas nas agendas têm verdadeiro sentido, são mais descrições de imagens e momentos que assim ficam lá congeladas sobre o papel, situações, nomes, números e lembranças diferentes, flores secas, santinhos, publicidades e coisas, coisas e coisas. Alguém poderia afirmar que gosto de acumular: infelizmente sim, sofro desta doença moderna, acumúlo coisas sem um valor aparente para eu não esquecer.
Antecipei esta premissa porque foi mesmo uma das muitas frases lá numa das minhas agendas que me deu vontade de começar escrever estas palavras.
Era o dia 11 de Outubro de 2012, dia da visita na Aldeia Rio d’Areia, no Município de Inácio Martins - PR (assim aparece escrito lá na página da agenda). Um lugar lindo demais, um refúgio mergulhado em milhões de nuances de verdes diferentes, que naquele dia, aos meus olhos, pareciam como pintadas por causa da luz do sol estar atrás das nuvens, e do vento, bastante frio, mexendo o mato sem uma regra.

Lá na minha página de agenda encontro escrito o seguinte, depois da data e da localização: 

URUKURE’A - Coruja.
PIRA -Peixe.
Comunicação como necessidade.
Participar bem direitinho não é só querer, é também pensar.”

Como já escrevi, frequentemente, as palavras que aparecem na agenda não têm sentido aparente para ninguém que não seja eu. Claro que com algumas informações relativas à situação e ao contexto tudo pode-se decodificar e esclarecer, por isso, explicarei, que é para mim também uma boa maneira para reorganizar a experiência.
As primeiras duas palavras urukure’a e pira, com as traduções em português, podem dar a idéia de contextualização no espaço; a gente teve um encontro com o cacique da Aldeia Rio d’Areia e outros moradores para apresentar um projeto recém aprovado. O encontro foi numa sala da escola da Aldeia e tinha lá alguns desenhos pendurados na parede com palavras em Guarani com tradução em Português. Dessas palavras as duas anotadas chamaram a minha atenção, coruja porque é um pássaro do qual gosto muito e peixe porque achei a palavra pira muito linda e simples, mais do que peixe.
A frase relativa à comunicação ficou na agenda porque a Silmara, apresentando as atividades do projeto, falou da importância da comunicação, melhor ser partilhada, como meio para divulgar os êxitos e para discutir as eventuais dificuldades. Acho também importante, aliás, necessário, saber comunicar, comunicar para fazer conhecer e a fala da Silmara deu-me inspiração para algumas atividades a ser desenvolvidas em oficinas de formação no futuro.
Na terceira frase tem as palavras do cacique da Aldeia comentando a proposta de participação no projeto. Achei o conceito que ele exprimiu uma filosofia a compartilhar e lembrar, a ver com as responsabilidades de cada um de se envolver nas situações da vida porque é bem que para tomar decisões exista uma verdadeira vontade, que é preciso para levar até ao fim o que se começa. Compartilho a visão do cacique, às vezes nunca encontramos as palavras certas para exprimir um conceito até quando outras pessoas, que tem uma visão semelhante, as comunicam, numa maneira tão simples e concreta que sempre fico achando: porque nunca consegui falar do mesmo jeito?!?
Obrigada ao cacique porque é sempre um bom dia pra aprender e para descobrir pensamentos que talvez já estejam na cabeça (sem repararmos)!

Por Simona Barranca
Voluntaria SVE I - Joint

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Edital Intercâmbio - Inscrições Prorrogadas

Edital Nº 001/2012
Seleção para Projeto Sementes para o Crescimento II

A Associação de Cooperação Técnica para o Desenvolvimento Humano – Outro Olhar, com sede na Estrada do Rocio, s/nº, Bairro Aeroporto, BR 277, Km 347 inscrita no CNPJ: 10.396.731/0001-51, organização da sociedade civil sem fins lucrativos, torna público este edital para a seleção de:
- 01 jovem indígena da etnia Guarani;
- 01 jovem não indígena.

Para participar do projeto “Sementes para Crescimento II”, que consiste no programa de serviço voluntário através da parceria existente entre a Outro Olhar e a Associação de Promoção Social Joint, com sede em Milão na Itália.
As atividadades do programa de serviço voluntário consistem em conhecer e permanecer no Centro Panta Rei, que fica localizado em Perugia próximo a Roma na Itália. Os serviços a serem prestados vão desde trabalhos no campo, em horta, com animais, construções alternativas, organização de eventos, manutenção do centro, entre outros.
As inscrições estarão abertas no período de 01/09/2012 até 20/10/2012 pelo email: associacaooutro.olhar@yahoo.com.br; o candidato deverá enviar curriculun vitae junto com uma carta de motivação (descrevendo o motivo de seu interesse pela vaga). Após a análise dos mesmos será agendada uma entrevista, prevista para o mês de novembro de 2012.
Para participar do programa de serviço voluntário é necessário: 

  • Disponibilidade de tempo para permanecer na Itália no período de 01/02/2013 a 31/06/2013 (05 meses) Ter mais de 21 e menos de 30 anos de idade;  
  •   Possuir e/ou providenciar documentação (CPF, RG, Passaporte e Visto) arcando com todas as despesas necessárias para a concessão dos mesmos;
  • Ser responsável, estar aberto para realizar trabalho em equipe e conhecer um novo idioma (Italiano); 
  • Interesse para conhecer novas formas de trabalho (principalmente as que usam a sustentabilidade e preservação da natureza como princípios fundamentais); 
  • Diponibilidade para realizar tarefas como: cozinhar, lavar sua própria roupa, viver em local distante de centros e cidades e utilizar ambientes coletivos.
     
    A divulgação do resultado será realizada no final de novembro do ano corrente, por e-mail ou por contato telefônico, a partir deste período deverão ser providenciados todos os documentos exigidos.
    O programa cobre os custos com alimentação e hospedagem no Panta Rei e até 90% do valor da passagem; sendo que o restante, os 10% da passagem aérea Brasil-Itália, é contrapartida do jovem selecionado a ser paga antes do embarque. Todos os demais custos de cunho pessoal são de responsabilidade de cada jovem selecionado.
    Outras informações complementares sobre as atividades e trabalho das instituições estão diponíveis em: www.oindio.org, http://aoutroolhar.blogspot.com e http://www.pantarei-cea.it ou esclarecimentos pelo telefone 42 3627 3897.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

DIVULGAÇÃO DE VAGA PARA TÉCNICO


Para atuar nos municípios de Guaraqueçaba/PR, Inácio Martins/PR, Turvo/PR, Chopinzinho/PR, Nova Laranjeiras/PR, São Miguel do Iguaçu/PR, Diamante d’Oeste/PR e Entre Rios/SC.
(1 vaga)
A Associação de Cooperação Técnica para o Desenvolvimento Humano – Outro Olhar está recebendo currículos de profissionais interessados em atuar como Técnico nas atividades do “Ambiente Inteiro: Terra Indígena da Cabeça aos Pés”, para um período de 36 meses. Busca-se o seguinte perfil profissional:
Requisitos:
-    Formação nível médio em agroecologia, técnico ambiental, técnico agropecuário ou áreas afins;
-    Disponibilidade para o trabalho (40h semanais) – início em dezembro de 2012;
-    Conhecimentos: em agroecologia, sistemas agroflorestais, cultivo e processamento de plantas medicinais, organização da produção para comercialização;
-    Disponibilidade para viagens;
-    Carteira de motorista categoria B.
Remuneração bruta mensal: 1.150,00 (40h)

Será dada preferência ao profissional com:
 - Experiência em trabalhos com agricultura familiar, principalmente atividades com indígenas;
- Domínio técnico nas áreas requisitadas e com formação compatível;
- Disponibilidade para atuação junto à comunidade / movimentos sociais;
- Experiência e conhecimento em agricultura sustentável (agroecológica e orgânica);
- Disponibilidade para residir em Guarapuava, município sede do projeto;
- Experiência na organização produtiva e comercialização;

Etapas da Seleção:
Etapa 1: Recepção de Currículos até 31/10/2012:
Currículos devem ser enviados para associacaooutro.olhar@yahoo.com.br tendo como assunto: vaga para técnico
Etapa 2: Entrevista:
As entrevistas serão realizadas no dia 06/11/2012, a partir das 9h na sede da Outro Olhar – Estrada do Rocio, S/n, Bairro Aeroporto, BR 277, Km 348, Guarapuava – PR (junto ao Centro de Formação Juan Diego), telefone 042 3627-3897.
Etapa 3: Elaboração de um texto escrito – logo após a entrevista

Obs: Dúvidas podem ser esclarecidas por email: associacaooutro.olhar@yahoo.com.br ou por telefone 042 3627-3897 com Silmara ou Sandra.

Os interessados deverão enviar currículo para o email: associacaooutro.olhar@yahoo.com.br
até dia 31/10/2012

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Meu cantinho, minha aldeia de Rio d' Areia

Em visita à aldeia de Rio D’ Areia localizada no município de Inácio Martins, nos deparamos com muitas situações e momentos especiais. Uma delas a recepção calorosa de Anacir, seu José, seus familiares e amigos.
Mostraram-nos o modo de ser Guarani, como vivem e a forma de aproveitar os bons momentos na presença da bela natureza, que rodeia a propriedade da família. Num cantinho da aldeia, vivem harmoniosamente.
No vídeo a seguir Anacir e seu José mostram com riqueza de detalhes as principais atividades realizadas pela família




quarta-feira, 19 de setembro de 2012

É tão bonito quando os olhos chegam aonde nunca chegaram e nem sequer achavam fosse possível chegar


Acho que os olhos algumas vezes, correm mais rápidos do que as emoções e sabem chegar antes. As imagens passam rápidas, cheias de cores, formas, sombras, esquinas de luzes e pontos escuros. È preciso esperar aquele nano segundo necessário para deixar que as imagens cheguem lá onde vão ser decodificadas para compreender o que realmente se está vendo. E naquele momento, quase imperceptível, depois que receber imagens que nunca se receberam e nunca se viram antes, experimenta-se como uma sensação de ausência total de pensamentos, uma folha branca que precisa ser escrita, e é quase possível sentir fisicamente o fluir destas imagens que, passando dos olhos, chegam lá onde vão ser lidas e viram emoções. 
Estas as sensações que experimentei em ocasião da viagem na aldeia Guarani de Lebre no dia 12 de Setembro 2012. Foi um frenesi de novas informações e inspirações que me invadiram e de novas imagens que chegaram aos meus olhos e tudo o que antes pude apenas imaginar voltou a ser realidade.
Por isso, acho que, no meu caso, as imagens sabem falar melhor do que as palavras, talvez porque numa seqüência de imagens exista aquele espaço branco do qual gosto muito, dedicado à imaginação no qual cada um pode mexer e pensar na realidade de sua maneira.
Portanto, é através deste vídeo que eu editei que gostaria de descrever a minha primeira visita e as atividades na aldeia de Lebre em Nova Laranjeira. Tivemos a possibilidade de organizar uma pequena atividade para os alunos da escola e foi ocasião para apresentar um pequeno “espetáculo” caseiro de teatro das sombras inspirado pela história do Pequeno Príncipe de Antoine Saint-Exupéry, uma história sem tempo e sem espaço que sempre encanta crianças de hoje e crianças de ontem.
Obrigada à Sandra que gravou as imagens!
Curtam e até a próxima!

Simona Barranca – Voluntária SVE/Joint

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

O Desenvolver de Ideias e Sonhos

Na última visita técnica à comunidade indígena Tapixi [Lebre] localizada no município de Nova Laranjeiras, a equipe da Outro Olhar teve uma agradável tarde de trabalho. Reunida com as lideranças da comunidade, representante da escola e jovens voluntários conversou-se sobre o desenvolvimento de projetos, da conversa consolidou-se a proposta bem bacana de trabalhar com os jovens, atividades culturais e ambientais ao mesmo tempo com um grupo na aldeia, outro em Guarapuava, e uma ponta com jovens da Europa, com o intuito de provocar a interação entre essas culturas. O projeto foi batizado de “Meu Bairro, Minha Aldeia: Nosso Mundo” fazendo menção aos espaços e culturas de cada um dos grupos que ao final compõem o mundo em que vivemos.
 A conversa também provocou um momento importante de resgate cultural, quando o sr. Marcolino, xamoῖ da aldeia, falou da importância de se recuperar algumas espécies que eram utilizadas para o artesanato e também são medicinais, como a banana de mico; de como se faz a tintura natural com a casca do pinheiro [araucária] e de como ter momentos para conversar sobre essas coisas é importante. E desse assunto reforçou-se a necessidade de se trabalhar projetos na linha ambiental de recuperação e preservação de espécies.

Escutar os sábios das aldeias e conviver com a comunidade é sempre um privilégio!



Curso do Formando em Rede - Módulo II

Nos aproximamos de mais uma fase do Curso Formando em Rede Módulo II, intitulado Contando e Ouvindo nossa História: Construindo nosso Amanhã, destinado aos jovens indígenas das aldeias pertencentes a Rede Solidária Popyguá, aproveitamos para divulgar a atividade. Convite a seguir.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Oportunidade de intercâmbio


A Outro Olhar torna público o edital de abertura OO1/2012 para processo seletivo de dois jovens que irão participar do Projeto Sementes para o Crescimento II, do Serviço de Voluntariado Europeu – SVE. Os dois jovens selecionados, irão prestar serviços voluntários na organização Panta Rei – Cooperativa de Experimentação Territorial e Sustentabilidade Ambiental, localizado na Itália.
O edital com todas as informações está disponível no portal www.oindio.org e as inscrições vão até 10/10/2012.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Oindio: Depoimentos e Entrevistas

No vídeo abaixo os depoimentos e entrevistas dos jovens guaranis sobre o projeto Oindio:Cultura e Oportunidade na Rede, apoiado pelo Oi Futuro. Além da avaliação do projeto mostra o olhar dos jovens sobre a sua cultura.

Parabéns a todos que participaram e contribuíram para o sucesso das atividades.

Equipe Outro Olhar

Ser um Índio

Apresentação do coral Infantil da Escola da Aldeia de Rio D'Areia. As crianças motivadas pelos professores cantam uma paródia da música como um anjo traduzida para Ser um Índio.
Cofiram a apresentação!
Equipe Outro Olhar

Grupo Mbyá Encenando

Confira a apresentação da Peça Modo de Vida Guarani em Limeira, realizada pelo grupo Mbyá Encenando, durante a I Mostra de Cultura e Arte Guarani em março de 2012.


O grupo nasceu em 2011 a partir das oficinas de teatro, possibilitadas pelo projeto Oindio: Cultura e Oportunidade, os jovens que compõem o grupo buscam a valorização da sua cultura e contam na peça parte da história guarani que em muitas aldeias está sendo esquecida.

Equipe Outro Olhar
 

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Primeira fase Formado em Rede


Entre os dias 23 e 27 de julho de 2012 aconteceu a primeira fase do projeto Formando em Rede, participaram 16 jovens das oito aldeias que compõem a Rede Solidária Popyguá. Foram dias de muito trabalho e dedicação, em que foram trabalhados temas relacionados a História Indígena, Legislação, Políticas Públicas, Oficinas de Fotografia, Vídeo e Informática e finalizado com Metodologias de Pesquisa, para que os jovens tenham ferramentas para desenvolverem pesquisa sobre a história de sua aldeia.
O projeto Formando em Rede tem o apoio da Associação de Voluntariado Internacional - Shishu e da CEI- Conferência Episcopal Italiana, contamos ainda com parcerias locais da Faculdade Guarapuava, Funai - Coordenação Regional de Chapecó e local de Guarapuava, e ainda com a Associação Joint e Centro de Formação Juan Diego. Além da participação de representenates destas entidades contamos com a participação do Coordenador do Caop Drº Bueno.

Nosso muito obrigado aos parceiros, amigos e colaboradores!

Um abraço especial aos jovens e suas comunidades por aceitarem este desafio.

A próxima fase acontecerá de 24 a 28 de setembro.


 Equipe Outro Olhar.
Guarapuava - Pr

quinta-feira, 26 de julho de 2012

O céu estrelado da aldeia

Quando demos carona a Adenilson para o colégio da Ibema ele falou da possibilidade de irmos à Koẽ Jú Porã no fim de semana, onde estava organizada uma visita da aldeia Lebre para um jogo de futebol entre duas equipes guaranis. Nossos olhos se iluminaram e começamos a fazer perguntas se era certo se podíamos ir no dia seguinte, porque não acreditamos quando ele falou.
Compreendemos imediatamente a riqueza da oportunidade de passar um dia e uma noite sozinhos com as duas comunidades para viver juntos este momento de encontro.
Chegamos sábado (30/06/2012) depois do almoço na terra indígena graças a uma carona que nosso bom amigo de Turvo nos deu. Andando, entramos na Aldeia e vimos primeiramente o campo de futebol. Veio nos encontrar a filha mais velha do cacique, mas com um pouco de receio por sermos estrangeiros. Seguimos ela a fim de encontrar seu pai que estava vendo o jogo junto com o Xamoi da aldeia Lebre. Então as equipes das duas aldeias estavam jogando bola.
Levamos conosco doces para as crianças, mas todo mundo gostou!! Ficamos vendo todo o jogo ao lado do cacique e Xamoi quase como sendo um ritual da entrada na aldeia para ser aceito e visto pelas duas comunidades. Terminando o jogo foi o momento para jogarmos juntos com os meninos de Koe Ju Porã contra os meninos de Lebre. Muito felizes jogamos com eles. Depois foi o horário do jogo das meninas muito guerreiras. Continuamos a jogar com todo mundo que não queria parar até o pôr do sol.
À noite sob um enorme céu estrelado, subimos até onde Adenilson, o filho do cacique, mora. Ele é também o secretário da escola indígena de Koe Ju Porã. Agradecemos a sua hospitalidade e tomamos um banho. Jantamos todos juntos com a família e todos os parentes que o visitavam e nos sentimos verdadeiramente como parte da família. Quando saímos ficamos encantados com o espetáculo da natureza da noite na aldeia. Então que andamos por pequenas ruas da aldeia, e neste clima mágico descobrimos o significado do nome da aldeia em guarani e ao mesmo tempo entendemos e compreendemos o significado: “Koe Ju Porã” “lugar bonito onde nasce o sol” e mesmo os nossos nomes em guarani “Xapatu” e “Yr”. Neste momento nós nos sentimos parte da comunidade. Todo mundo foi à escola onde tomamos um pouco de uma sopa ótima e quente. À noite, na aldeia tão bonita quanto fria, nos esquentamos jogando e dançando com as crianças.
Conversando com “a gente”, descobrimos muitas coisas do cotidiano da aldeia e também fizemos amizade. Descobrimos que a tradição diz que o sangue dos índios é mais vermelho e por isto os índios são fisicamente mais fortes e resistentes. A música continuou até tarde da noite, apenas alguns excessos que não precisariam haver em uma aldeia guarani.
Cansados do dia muito bonito, mas intenso, vimos pela última vez o céu grande e iluminado: o céu da aldeia, e fomos dormir.
De manhã, nos levantamos com o sol quente em frente da escola, mas já estava na hora de voltar, porque nossa carona estava nos esperando, mas já sabíamos que havíamos criado uma forte amizade com as crianças, homens e mulheres que não esqueceremos jamais, tampouco aquele imenso céu. Somente até logo Koe Ju Porã!
Por Stefano Scarpa e Mahio Campanella

quarta-feira, 25 de julho de 2012

CEPIAL- “2 Gringos representam a Outro Olhar”


O compromisso de representar a Outro Olhar na capital do Estado nos dias 15 a 20 de julho, no evento Internacional foi uma grande responsabilidade para nós, mas foi uma oportunidade de fazer um intercâmbio dentro do intercambio para “os gringos”.
No começo não ficamos felizes com a nossa participação no III C.E.P.I.A.L. (Congresso de Cultura e Educação para Integração da América Latina). Certamente porque precisava falar em frente de muitas pessoas para apresentar o projeto OINDIO e ainda nosso português não é “perfeito”; e também porque achávamos que fosse mais importante utilizar este tempo para visitar as aldeias, fazer oficinas de teatro o outras atividades com as comunidades.  
Foi necessário participar do primeiro dia com a mostra de fotos no Prédio Histórico da UFPR e com a projeção dos curtas de 4 aldeias, que participaram do projeto, no Teatro Mini Guaira para compreendermos a potencialidade deste encontro. Relacionar-se com pessoas que gostam e trabalham com tema da cultura e integração cria uma rede de contatos, ideias e também conhecimento reciproco.
O clima festivo e de cooperação que encontramos com o primeiro contato durante o Carnaval dos Povos da América Latina no domingo, na inauguração do congresso, durou todos os dias da semana e não se fez sentir o frio destes dias curitibanos.
A mostra das fotos que montamos no prédio histórico foi um sucesso de público devido a grande curiosidade das pessoas pelos povos indígenas, e mesmo pelo lugar que estava, em frente da entrada do auditório onde muitas pessoas passavam e paravam para ver a mostra. Neste momento nós pudemos fazer a publicidade do horário da projeção dos curtas... dois horários no dia. Mas a troca mais grande e interessante foi ao final da projeção dos filmes, em que foram as perguntas de estudantes, professores e gente comum  sobre a realização do projeto. Em particular foram perguntas antropológicas e mesmo de técnica cinematográfica, mas todas às vezes a conversa foi um contato, um encontro de “outros olhares”.
Graças a “Arpin Sul” que nos acompanhou todos os dias pudemos apresenta e explicar da melhor maneira. Em particular Lucas Cabañas foi um ótimo colega e ainda mais, um amigo que nos acompanhou todos os dias e mais, nos fez assistir alguns dos melhores eventos do congresso e mesmo, conhecer alguns maravilhosos lugares da cidade. O Cepial foi capaz de realizar a difícil tarefa de trazer um pouco da cultura de cada país da América Latina por alguns dias em Curitiba.
O mérito especial foi da organização e do trabalho de todas as pessoas, como a Rosana, o João e a todas as pessoas que participaram e contribuíram de maneira ativa deste clima maravilhoso de mudança em direção à uma sociedade que traga a cultura, a identidade e a convivência dos povos ao centro da vida no território da América do Sul.
Tudo isto se fez compreender que a visibilidade que ganhou o trabalho da Outro Olhar é tão importante quanto o trabalho direto nas comunidades, porque se a gente não conhece uma cultura e uma tradição que vive no mesmo território não pode respeitá-la.
Aprendemos, vimos, ouvimos musica, historia, cores e tradições nestes dias cansativos e cheios de atividades; mas o tempo que estivemos junto com as pessoas que acreditam verdadeiramente que o mundo e uma sociedade melhor e diferente pode existir foi a nossa recompensa.
Stefano Scarpa e Mahio Campanella – Voluntário Joint

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Projeto Formando em Rede


O projeto prevê um amplo esforço para capacitar os jovens indígenas da etnia Guarani em questões de organização e planejamento, sendo inicialmente dois jovens de cada uma das aldeias participantes da Rede Solidária Popyguá (um do sexo masculino e outro do sexo feminino), a saber: Limeira (município de Entre Rios/SC), Ocoy (município de São Miguel do Iguaçu/PR), Añetete (município de Diamante d’Oeste), Tapixi [Lebre] (município de Nova Laranjeiras/PR), Pindoty [Palmeirinha do Iguaçu] (município de Chopinzinho/PR), Rio d’Areia (município de Inácio Martins/PR), Koẽ Ju Porã (município de Turvo/PR) e Kuaray Guatá Porã (município de Guaraqueçaba/PR) totalizando 16 participantes, com idade entre 16 e 29 anos. Que participarão de quatro módulos realizados em Guarapuava, com duração de quatro dias cada módulo, totalizando 16 dias de curso, além das atividades que realizarão nas aldeias.
O objetivo é criar um novo conceito de desenvolvimento junto às comunidades indígenas, a partir da consciência de seus potenciais bem como de seus limites e, no final do caminho, levando as propostas de desenvolvimento sustentável e implementação da mesma.
O projeto Formando em Rede será realizado pela Outro Olhar tendo o apoio da Conferência Episcopal da Itália, Associação Shishu de Voluntariado Internacional. São parceiros locais: Faculdade Guarapuava, Funai - Coordenação  Regional de Chapecó- SC e local de Guarapuava-PR e Associação Joint.
A primeira fase acontecerá de 23 a 27 de julho, junto ao Centro de Formação Juan Diego.

domingo, 24 de junho de 2012

Jovens de Ocoy apresentam sua aldeia

No mês de abril durante as atividades do projeto Oindio, realizado pela Outro Olhar e apoiado pelo Oi Futuro, os jovens da aldeia de Ocoy, localizada no município de São Miguel do Iguaçu/PR, com uma câmera de mão fizeram imagens da sua aldeia, com o objetivo de mostrar aos demais o seu local de vida sob a ótica jovem.
A edição foi feita por Stefano Scarpa e Mahio Campanella, jovens participantes do serviço voluntário europeu que estão acompanhando o trabalho da Outro Olhar em projeto com a parceria da Joint. Abaixo, no vídeo, o resultado do trabalho.


Equipe Outro Olhar

terça-feira, 12 de junho de 2012

A Descoberta


Esta viagem começou em Milão onde nós pegamos o voo, plenos de ideias e curiosidades pelo projeto. Camilla e Anaïs tinham nos contado algumas coisas e nossa imaginação fez o resto. Mas não podíamos imaginar os olhares das crianças indígenas que sorriam para nós.
A chegada em solo brasileiro foi uma descorberta cultural mas o encontro com as comunidades indígenas foi uma nova descoberta.
Estando prontos para esta aventura Camilla e Anaïs nos passaram suas experiências e emoções que passaram juntas na casa que chamaram de “Bom Lugar” onde moraram por três meses. Além disso, Sandra e Silmara que são responsáveis pela Outro Olhar, nos falaram mais do projeto e da vida dentro das comunidades; mas isto não satisfez nossa fome de curiosidade. Nosso nível de portugues não permitiu total compreensão dos fatos mas o que não compreendemos em teoria encontramos na prática.
O primeiro trabalho foi desmontar a exposição de fotos montada na Faculdades Guarapuava para depois prepará-la e levá-la a todas as aldeias no primeiro mês. Palmerinha do Iguaçu e sua escola indígena foram as primeiras que nós visitamos e foi também diferente porque, além de encontrar as crianças que nos olhavam com curiosidade e desconfiança, assistimos a um momento de vida da comunidade em reunião com o grande cacique Kaingang responsável por mais aldeias da terra indígena de Mangueirinha.
Em seguida viajamos por outras quatro aldeias: Limeira, Rio D’Areia, Lebre e por fim Koẽ Jú Porã; onde mostramos as fotos e as projeções de vídeo com os curtas metragem feitos pelos grupos de meninos de diferentes aldeias que participaram do projeto Oindio. Em Lebre e Limeira entrevistamos e gravamos um vídeo com vários meninos para saber suas impressões sobre o projeto.
Em todas as aldeais foi característico o impacto com as crianças cujo primero contato fizemos com jogos e depois dando aos meninos e as meninas a possibilidade de tirar fotos com nossas máquinas fotográficas. O resultato e a resposta das crianças foi ótima com as fotos que reproduziram a verdadeira expressão da comunidade.
Em todas as aldeias as exposições foram feitas nas escolas e observamos que existiu uma diferença em Limeira porque trocando o lugar onde as atividades eram feitas na «Casa de reza» o espírito e envolvimento foi maior, porque mesmo pelos adultos o novo lugar inspirava mais a participação e comprometimento.
Participamos do «I Simpósio de Desenvolvimento Territorial da Cantuquiriguaçu» em Laranjeras do Sul onde pudemos assistir à conferência e uma apresentação de dança Kaingang.
Realmente este primeiro mês foi um período de obsevação e pesquisa de um primero contato e recíproco conhecimento. Agora prepararemos as oficinas de teatro e vídeo e as atividades para as próximas visitas, para isso, nos inspiramos nas oficinas de Camilla e Anaïs, com as quais montamos o vídeo institucional com as imagens mais interessantes que podem ser vistas no blog.
A descoberta continua…
Mahio e Stefano – Voluntários do programa SVE/Joint